Imposto sobre a gasolina aumentou para 30% em MS. (Foto: Marcos Ermínio)
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Quem usa a gasolina para abastecer o veículo, já pode preparar o bolso. A alíquota do ICMS (Imposto Sobre Comercialização de Mercadorias e Serviços) do combustível aumenta para 30% em Mato Grosso do Sul nesta quarta-feira (12). A alta já deve refletir nas bombas e a previsão dos postos é de um aumento de R$ 0,25 a R$ 0,30.
O Jornal Midiamax checou em alguns postos de gasolina no início desta manhã e, na maioria deles, o reajuste ainda não foi feito. Nestes locais, o litro da gasolina ainda custa entre R$ 4,15 e R$ 4,19. Ou seja, ainda dá tempo de abastecer. Entretanto, o consumidor deve ser ágil, a gasolina ficará mais cara ainda nesta quarta-feira.
Em outros postos, o reajuste já foi aplicado. Em um posto de combustível na avenida Júlio de Castilho, o litro da gasolina já chega a R$ 4,49. Em um outro estabelecimento, na rua Rui Barbosa, o litro da gasolina já estava a R$ 4,47 no início da manhã. Nestes locais, o reajuste chegou a R$ 0,30.
O aumento do imposto sobre a gasolina em MS vai na contramão do que governadores de outros estados têm feito. Há poucos dias, o presidente Jair Bolsonaro lançou uma espécie de ‘desafio’ para os governadores: zerar o ICMS sobre os combustíveis. “Eu zero federal, se eles zerarem o ICMS. Está feito o desafio aqui agora. Eu zero o federal hoje, eles zeram o ICMS. Se topar, eu aceito”, propôs Bolsonaro.
Alguns governadores já aderiram ao desafio. O governador de Goiás, Reinaldo Caiado (DEM), disse que é favorável à proposta de Bolsonaro. Entretanto, o posicionamento de seu ‘xará’, não foi o mesmo. Reinaldo Azambuja (PSDB) assinou um documento mostrando descontentamento com a proposta do presidente.
Menos postos e empregos nas fronteiras
Além do prejuízo para o bolso do consumidor, o aumento no ICMS pode afetar empregos. O Sinpetro-MS (Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis, Lubrificantes e Lojas de Conveniência de Mato Grosso do Sul), vê o aumento do imposto da gasolina com preocupação, principalmente em cidades que fazem fronteira com outros estados ou com o Paraguai. “Outros estados limítrofes com o nosso têm uma alíquota menor e trabalham com pauta diferenciada, o que gera um preço bastante atrativo, levando consumidores das cidades que se avizinham a migrar para estes estados (São Paulo e Paraná)”, explica.