
Foto: Henrique Arakaki | Midiamax
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Os profissionais da educação em Mato Grosso do Sul entram no 2° dia de greve nesta quinta-feira (3). O dia será marcado por manifestações, que devem ocorrer às 9 horas na Praça do Rádio Clube, no centro de Campo Grande. De acordo com a Fetems (Federação de Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul), cerca de 90% das escolas estaduais em MS aderiram à greve e estão sem aulas.
A paralisação é nacional foi convocada pela CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação). Além da Fetems, profissionais do interior também devem vir à Capital nesta quinta-feira (3), em 74 sindicatos.
O primeiro dia da greve, na quarta-feira (2), foi direcionado ao diálogo com a comunidade e o comércio de Campo Grande. Nesta quinta-feira (3), os profissionais devem fazer manifestações.
Os motivos da greve
O presidente da Fetems explica que a greve é motivada pela falta de diálogo entre os profissionais e o Governo de MS. “O Governo tem implementado políticas sem discussão nenhuma, de forma unilateral. Então um dos objetivos da mobilização hoje é abrir negociação, governo não pode impor sua política nas escolas sem discussão com a categoria e comunidade', afirma Teixeira.
Jaime Teixeira ainda ressalta que um concurso público para professores e isonomia salarial são as principais pautas. “Não dá para aceitar que um professor convocado receba 32% a menos que o efetivo', diz. Ele ainda diz que outras reivindicações são a convocação dos administrativos da educação e que são contra a adesão ao projeto das escolas cívico-militares.
O presidente da Fetems informou ainda, que as mobilizações devem continuar durante todo o mês de outubro, caso o Governador Reinaldo Azambuja não converse com a categoria. “Faremos dois dias de paralisações de alerta. Caso nenhum acordo ocorra, seguimos com nosso calendário de mobilizações e de luta para convencer o Governador, que a política que ele está adotando com a educação pública é uma política ruim em relação à qualidade do ensino, aos trabalhadores que não são valorizados e quem vai acabar pagando pela má administração é a sociedade', ressalta.