Incêndio florestal em Corumbá (Álvaro Rezende, Jornal Midiamax)
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Na última semana, passagem da frente fria e tempo instável em Mato Grosso do Sul manteve um “ritmo relativamente tranquilo” no Pantanal de Corumbá, com a diminuição da quantidade de focos de incêndio.
Entretanto, segundo atualização da Operação Pantanal nesta sexta-feira (19), as condições climáticas na quinta-feira (18) – elevação na temperatura e baixa umidade – resultaram em um aumento “considerável no surgimento dos pontos de calor”.
Os trabalhos se direcionaram a seis focos de incêndio ativos, espalhados por diversas regiões de Mato Grosso do Sul. O Jornal Midiamax havia adiantado o alerta das equipes de combate e o possível aumento de focos de queimadas com a volta do calor.
Locais
Na região Rabicho, próxima ao Rio Paraguai, até a última passagem do satélite, pouco antes da conclusão do relatório, a estimativa de área queimada girava em torno de 5 mil hectares. No local foi elaborada uma estratégia de pontos de contenção e linhas de controle, utilizando barreiras naturais e artificiais para limitar a propagação do fogo.
A ação de primeira resposta na área com foco ativo de incêndio no Porto da Manga conta com uma equipe para avaliação in loco, além do acompanhamento via satélite para determinar a extensão.
Na região da Nhecolândia, nas proximidades do Rio Paraguai, o foco de incêndio apresenta dois pontos isolados, sem risco de propagação, pois se concentra na linha de defesa. Todavia, o Corpo de Bombeiros encaminhou equipes ao local para realizar o reconhecimento e a avaliação da área.
Uma equipe foi deslocada para combater um foco de incêndio na região de Brasilândia. O incêndio, que começou na tarde de quinta, devido às condições climáticas secas e aos ventos fortes, destaca-se em grande atenção. Os bombeiros trabalharão para evitar que os focos se espalhem para áreas residenciais e agrícolas.
Na região próxima ao município de Bonito, surgiu um foco de incêndio ativo na quinta-feira (18), em área rural ao qual foram empenhadas equipes para combate direto e contenção do foco. A atenção foi redobrada na área por ser uma região agrícola e o material orgânico do local ser de alta combustão.
Previsão do tempo
Segundo boletim, as condições climáticas apresentaram um cenário bastante desfavorável para as operações de combate. A temperatura na região atingiu picos de 33°C, o que aumentou significativamente o risco de incêndios florestais.
Além disso, a alta temperatura, aliada com 31% de umidade relativa do ar (próximo ao estado de atenção, conforme a OMS), pode provocar um desgaste físico maior nas equipes de combate. Os ventos, que hoje atingiram rajadas de até 36 km/h, estão soprando do norte.
Essas rajadas não apenas aumentam o risco de propagação rápida do fogo, mas também complicam a direção e controle das chamas.