(Nathalia Alcântara, Midiamax)
Curta nossa Fan Page e fique por dentro de tudo que acontece em Itaporã, Região, Brasil e Mundo!
Vitor Hugo de Oliveira, de 35 anos, foi condenado a 25 anos e 11 meses pelo desaparecimento e morte do garagista Carlos Reis Medeiros de Jesus, conhecido como ‘Alma’. O crime aconteceu em um estabelecimento na Avenida Gunter Hans, em Campo Grande, em 30 de novembro de 2021.
Vitor Hugo foi julgado nesta quarta-feira (26) e o Conselho de Sentença o condenou pelos crimes de homicídio qualificado, ocultação de cadáver e furto qualificado. A pena, total de 25 anos, 11 meses e 15 dias de prisão, deverá ser cumprida em regime inicial fechado
A sentença definiu ainda um pagamento de 46 dias-multa, esses em razão de 1/30º (um trigésimo) do salário mínimo à época dos fatos.
Além de Vitor, outros dois foram denunciados pelo crime, conforme a denúncia. Nesse sentido, Vitor, vulgo ‘Primo’; Thiago, vulgo ‘Especialista’; e Kelison, vulgo ‘Jamaica’, armados com uma arma de fogo e uma faca, mataram Alma, que desapareceu. O corpo da vítima até hoje não foi encontrado.
Julgamento
Durante o julgamento, a defesa de Vitor Hugo alegou inocência. Silmara Cher, advogada do autor, disse ao Jornal Midiamax que seu cliente não está envolvido com o crime. “Em nenhuma página da investigação há provas de que Vitor matou Carlos”, disse a advogada. De acordo com ela, Vitor tinha uma boa relação com a família do garagista.
“Ele (Alma) tinha muitos inimigos”, disse Silmara. O garagista desapareceu na manhã do dia 30 de novembro quando disse à família que sairia para resolver coisas do trabalho.
Desaparecimento e assassinato
As investigações foram realizadas pela DHPP (Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa). ‘Alma’ realizava “negócios” com os acusados emprestando dinheiro a eles e mantinha boa relação com ambos. A vítima foi atraída para o local, de propriedade de Thiago, achando que receberia o pagamento de um empréstimo que o acusado havia contraído.
Após a saída de funcionários, restante somente os três réus e ‘Alma’, Thiago simulando que saldaria a dívida tirou um montante de dinheiro do bolso e começou a contar na frente da vítima, que estava sentado em uma cadeira observando a contagem.
Neste momento, Vitor se aproximou da vítima pelas costas e o golpeou no pescoço. Por sua vez, Thiago, que também estava armado, efetuou disparos contra ‘Alma’.
Foi investigado ainda que ‘Alma’ era “sócio” do pai de Thiago em negócios envolvendo agiotagem. ‘Alma’ teria emprestado grande montante de dinheiro a diversas pessoas. Porém, o pai de Thiago faleceu em 2020 e, por esse motivo, Thiago queria receber o dinheiro emprestado pelo pai e Alma, por “direito”.
Como um dos credores não havia feito o pagamento, Thiago começou a arquitetar a morte dele, juntamente com ‘Alma’ e Vitor, mas em certo momento ‘Alma’ acabou desistindo de matá-lo. Thiago se revoltou, pois não receberia o dinheiro, aliado à dívida que tinha com ‘Alma’, incluído com bens penhorados, arquitetou a morte do garagista, juntamente de Vitor, que também devia para a vítima.
Após o assassinato, o trio colocou o corpo de Carlos no porta-malas do carro, um Chevrolet Corsa Sedan, até local desconhecido e fizeram a limpeza do local. Thiago se apossou de uma caminhonete da vítima, uma Ford F-250, que havia sido deixada por ‘Alma’ no comércio de Thiago para realização de serviços de funilaria.